Bispo Diocesano de Guarabira-PB
Secretário da CNBB Regional Nordeste 2
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O
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor abre a Semana Santa. É a “semana grande”
do ano litúrgico e da piedade popular cristã. Todos são convidados a viver a
Semana Santa intensamente, acompanhando os passos de Jesus na sua humilhação,
sofrimento e condenação à morte, para ter parte no triunfo de sua ressurreição
gloriosa. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém convida todos a aclamá-lo, o
Ungido e Enviado de Deus, nosso Senhor e Salvador, com palmas nas mãos: palmas
do martírio e da vitória do Vivente sobre a morte. Nos três primeiros dias
(segunda a quarta-feira) da Semana Santa, contempla-se o Servo sofredor. Jesus
e os discípulos preparam-se para celebrar a Páscoa. Na quinta-feira Santa é uma
riqueza extraordinária. Na parte da manhã, na Catedral, a Igreja reúne a
comunidade diocesana: o Bispo, os Sacerdotes, os Diáconos, Religiosos e
Religiosas e os fiéis. A Missa do Crisma ou Missa dos Santos Óleos e da
Renovação das Promessas Sacerdotais é a celebração do povo sacerdotal, que
Jesus reuniu em torno de si e leva o seu nome;
chamado a viver santamente e a proclamar a glória de Deus no mundo. Na
parte da tarde, na Missa vespertina da Ceia do Senhor, já temos o início do
Tríduo Pascal. Celebram-se os mistérios da última Ceia: o novo mandamento (Amar
uns aos outros e que todos sejam um), o lava-pés (Jesus deixa o seu exemplo), a
Eucaristia (Instituída como sinal e sacramento da vida doada) e o sacerdócio
ministerial (Instituído por Cristo, sumo sacerdote, associando a si os seus,
para que continuem fazendo o que ele fez: “fazei isto em memória de mim”). Tudo
isso, pela entrega de Jesus para ser crucificado, pela entrega de Jesus em cada
Missa, pela entrega dos cristãos pelo amor fraterno. Todos são convidados a
sentar à mesa pascal com Cristo. Segue-se Jesus na Sexta-feira da Paixão. Não
há missa em nenhuma Igreja. Jesus é preso, julgado, torturado, condenado à
morte e crucificado. A fé e a fidelidade a Cristo são postas à prova. Não
atraiçoar Jesus nem fazê-lo de objeto de lucro avarento, como Judas Iscariotes.
Ninguém fique distante e indiferente diante dEle, nem o negue conhecê-lo, como
Pedro; e nem fuja dEle. Não é fácil professar-se cristão, diante das injúrias,
riscos ou cruzes, por causa da fé e da pertença a Cristo e à Igreja dEle.
Fiquem fiéis a Cristo, firmes ao lado de Cristo, como Maria e João. Sejam
testemunhas da verdade, contra toda forma de falsidade, corrupção e injustiça
cometida contra Jesus, na pessoa dos irmãos que sofrem. Como o Cirineu, ajudem
a carregar a cruz que pesa nos ombros de tantos irmãos sofredores. Enxugue a
face ensangüentada de Cristo nos rostos de tantos irmãos rejeitados pela
sociedade, nas vidas inocentes violentadas e desprezadas. Jesus convida todos a
seguir seus passos, que levam à vida. A Noite do Sábado Santo é mais clara que
o dia. A vigília é a certeza que a vida já venceu a morte. Todos firmes na fé,
com lâmpadas acesas, à espera que o Senhor da Vida nos comunique a plenitude da
sua vida. Cristo, vencedor da morte, faz-se presente no meio da comunidade e
comunica-nos sua vida nova de ressuscitado. O domingo da ressurreição é o dia
que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nEle exultemos. O Senhor ressuscitou,
aleluia! Desejo a todos os irmãos e irmãs a graça de uma FELIZ PÁSCOA, com a
paz e a esperança que nos vem de Cristo Ressuscitado!
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