Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo Diocesano de Guarabira-PB
Secretário da CNBB Regional Nordeste 2
Vive-se
um tempo muito importante na vida da Igreja Católica, a expectativa da eleição
do novo Sucessor de Pedro. É um momento de vivenciar a fé e de oração. Com a
Renúncia de Bento XVI a Igreja aguarda um novo Papa. É um período de vacância
da Igreja, mas não acéfala, “sem cabeça” ou “sem chefe”. Sabemos que a cabeça
da Igreja é Jesus Cristo, que não abandona o seu Corpo, a Igreja. Durante a Sé
Vacante, quem responde pela Igreja, segundo suas próprias competências, é o
Colégio dos Cardeais. Até a eleição do novo Papa, a Igreja cuida apenas de
aspectos administrativos e não os casos que requerem decisões próprias do Sumo
Pontífice. Os Cardeais preparam o Conclave, que significa “fechado à chave”, o
lugar onde eles se reúnem para a eleição do Papa. Os Cardeais não têm acesso
aos meios de comunicação, falam menos e rezam mais. Atualmente, o Conclave
acontece na Capela Sistina, no Vaticano, e a eleição é realizada na forma de
escrutínio. Antes do início do Conclave, os Cardeais se preparam através de
encontros chamados “Congregações”. As regras que regem um Conclave só podem ser
mudadas pelo Pontífice. Para uma válida eleição do
Papa é sempre exigida ao menos a maioria dos dois terços dos votos dos cardeais
eleitores e votantes. Nenhum cardeal eleitor poderá ser excluído da eleição por
nenhum motivo ou pretexto. O limite previsto, para o voto, é para quem
já atingiu os 80 anos de idade até o primeiro dia da Sé Vacante. Os Cardeais
eleitores ficarão alojados no Vaticano, na Domus Sanctae Marthae. O atual
Cardeal decano do Colégio cardinalício é o Cardeal Angelo Sodano, que tem mais
de 80 anos de idade. A ele diz respeito todas as funções que as normas atribuem
ao decano até o momento em que os cardeais entram no Conclave. Após o início do
Conclave, quando estarão reunidos somente os bispos eleitores, o decano passa a
ser o Cardeal Giovanni Battista Re. O Cardeal decano
preside o Colégio de Cardeais e, entre suas prerrogativas, está a de perguntar
ao eleito, no Conclave, se ele aceita ou não a missão. Serão 115
Cardeais eleitores. Só os Cardeais votam na eleição do Papa, chefe da Igreja
Universal e Bispo de Roma. O sucessor de Pedro tem como missão ser o sinal
visível de comunhão na Igreja. Que todo o povo reze, pedindo ao Divino Espírito
Santo que ilumine os Cardeais em Conclave.
A Igreja é de Deus, nós somos seus operários. Os fiéis do mundo inteiro, logo, terão os olhos fixos na pequena
chaminé da Capela Sistina. E quando aparecer a fumaça branca, todos explodirão
em grito de alegria, na certeza de que o novo Papa foi eleito. Os sinos da
Basílica de São Pedro começarão a tocar e em seguida será proclamado o “Habemus
Papam” (temos Papa!).
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