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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Programa da viagem do Papa ao Rio de Janeiro


Foi divulgada ao meio-dia de hoje, 7 de maio, no Vaticano, a programação oficial da viagem do Papa Francisco ao Brasil. O Santo Padre chega ao Rio de Janeiro na tarde de segunda-feira, 22 de julho, sendo recebido no Aeroporto Internacional do Galeão/Antonio Carlos Jobim pela Presidente da República, Dilma Rousseff; pelo Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta; pelo Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis; pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral; e pelo prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

No aeroporto não serão realizadas formalidades particulares e não serão pronunciados discursos. A Cerimônia de boas-vindas se realizará internamente no Palácio Guanabara. O Santo Padre se detérá por alguns minutos na Sala Presidencial do aeroporto, enquanto a Comitiva toma o seu lugar nos veículos do cortejo papal.

Papa Francisco deixará o aeroporto de papamóvel em direção ao Palácio Guanabara, sede oficial do Governo do Estado do Rio de Janeiro, onde será realizada a cerimônia de boas-vindas; presentes os mais altos cargos do Estado, o Corpo Diplomático e algumas centenas de convidados institucionais. Além da execução dos hinos e honras militares, os discursos da Presidente Dilma e do Santo Padre; em seguida a apresentação das duas delegações (brasileira e vaticana).

A Senhora Presidente acompanha o Santo Padre à Sala Verde do primeiro andar, onde se realizarão os encontros privados.

- breve encontro com o Governador do Estado do Rio de Janeiro e apresentação da família.

- breve encontro com o Prefeito da cidade do Rio de Janeiro e apresentação da família.

O Papa deixará o Palácio Guanabara em direção ao Sumaré, onde será a sua residência durante a permanência no Rio de Janeiro.

A terça-feira, dia 23, será estritamente privada até a manhã de quarta-feira, 24 de julho.

Na quarta-feira, 24, às 8h15 o Papa deixará o Rio de Janeiro e de helicóptero irá até Aparecida onde irá venerar a imagem de Nossa Senhora no Santuário Nacional e celebrará a Santa Missa.

O Santo Padre será acolhido pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis e pelo Reitor do Santuário Padre Domingos Sávio da Silva. Papa Francisco almoçará no Seminário Bom Jesus, retornando depois ao Rio de Janeiro.

No final da tarde no Rio de Janeiro o Santo Padre visitará o Hospital São Francisco de Assis. 
O Hospital, dirigido pela Associação homônima, dedica-se seja à recuperação dos dependentes da droga e do álcool, seja na assistência médica-cirúrgica, assegurada gratuitamente aos indigentes, com cerca 500 leitos. Está previsto um discurso do Papa.

No início da noite Papa Francisco retornará ao Sumaré onde irá jantar de forma privada e onde pernoitará.

Na quinta-feira, dia 25, o Santo Padre celebrará no início da manhã a Santa Missa em privado na Residência do Sumaré.

Às 9 horas Papa Francisco deixará o Sumaré em direção ao Palácio da Cidade, onde receberá das mãos do Prefeito Paes, as chaves da cidade e irá abençoar as bandeiras oficiais dos Jogos Olímpicos e paraolímpicos.

Por volta das 10 horas deixará o Palácio da Cidade e se dirigirá à Comunidade da Varginha – Manguinhos, para uma visita. A Comunidade da Varginha faz parte de uma ampla favela "pacificada" em virtude do programa de recuperação realizado pelas Autoridades brasileiras. O Santo Padre será acolhido pelo Pároco, pelo Vice-Pároco, pelo Vigário episcopal e pela Superiora das Irmãs da Caridade. Logo em seguida se dirigirá para a pequena igreja dedicada a São Jerônimo Emiliano onde encontrará alguns membros da comunidade paroquial. Na Paróquia, após um momento de oração, será abençoado o novo altar e o Papa oferecerá um presente à comunidade. O Santo Padre se dirigirá depois ao campo de futebol, onde estará reunida a comunidade. Ao longo do percurso (cerca 100 m) visitará a casa de uma família da Comunidade. Ali o Papa fará um discurso.

Papa Francisco retornará depois ao Sumaré para o almoço em privado. Na parte da tarde às 17 horas o Santo Padre deixará movamente o Sumaré em direção da Praia de Copacabana onde terá lugar a Festa da Acolhida aos jovens participantes da JMJ. O ato está previsto na forma de Celebração da Palavra. O Papa fará um discurso e abençoará os jovens. Retornará depois ao Sumaré onde pernoitará.

Na sexta-feira de manhã, dia 26, Santa Missa em privado na Residência do Sumaré. Em seguida irá se deslocar em automóvel até à Quinta da Boa Vista onde às 10 horas irá confessar 5 jovens provenientes dos cinco continentes. Após as confissões Papa Francisco se transferirá para o Palácio São Joaquim, residência do Arcebispo do Rio de Janeiro, o qual acolhe o Santo Padre na entrada principal.

O Santo Padre irá encontrar em forma reservada cinco jovens detentos. Presentes também alguns assistentes acompanhantes dos jovens detentos. Em seguida o Santo Padre e o Arcebispo se dirigirão ao primeiro andar para visitar a Capela onde encontrará as Irmãs que trabalham na residência.

Às 12 horas o Santo Padre do balcão do Palácio rezará a oração do Angelus. Em seguida encontrará os 20 membros do Comitê Organizador e os 10 grandes patrocinadores-benfeitores da JMJ para uma saudação. Não estão previstos discursos.
No Salão redondo no primeiro andar do Arcebispado, o Santo Padre almoçará com S.E. Dom Tempesta e com 12 jovens de várias nacionalidades: um jovem e uma moça de cada um dos continentes mais um jovem e uma moça de nacionalidade brasileira. O almoço terá a duração de cerca 1 hora. Após o almoço o Papa retornará ao Sumaré.

No final da tarde, às 17 hora retornará à Praia de Copacabana para a Via Sacra com os jovens: o Santo Padre, depois de introduzir o ato litúrgico, acompanhará do palco o desenvolvimento da Via Sacra, e ao término pronunciará a sua alocução e concluirá a oração. Depois retornará ao Sumaré onde pernoitará.

No sábado de manhã, dia 27, Papa Francisco irá à Catedral da cidade onde celebrará a Santa Missa, às 9 horas, com os bispos da JMJ, com sacerdotes, religiosos e seminaristas. Já no Teatro Municipal, às 11h30, o Santo Padre encontrará a classe dirigente do Brasil; presentes políticos, diplomatas, expoentes da sociedade civil, empresários, pessoas do mundo da cultura e representantes das maiores comunidades religiosas do país. O Papa fará um discurso. Na conclusão o Pontífice retornará ao Sumaré onde irá almoçar com os Cardeais do Brasil, a Presidência da CNBB, os Bispos da Região e a Comitiva papal.

No início da noite, por volta das 18h15 o Papa deixa o Sumaré em direção do Campus Fidei de Guaratiba onde será realizada a Vigília de Oração com os jovens. O encontro com os jovens terá lugar em uma área campestre denominada Campus Fidei, preparada para a ocasião pelas Autoridades locais, e que pode conter mais de dois milhões de pessoas. O encontro será na forma de uma Liturgia da Palavra, com testemunhos e perguntas de cinco jovens ao Santo Padre; respostas e discurso do Santo Padre; orações e cantos; troca de presentes e benção. Os jovens dormirão no Campus Fidei, esperando a missa do dia seguinte.

No domingo, dia 28, Papa Francisco às 8h20 deixará novamente o Sumaré em direção a Guaratiba. Durante o deslocamento, o helicóptero do Santo Padre sobrevoará a célebre estátua do Cristo Redentor que do alto do Corcovado abraça a cidade do Rio. Um cinegrafista do CTV estará abordo do helicóptero e transmitirá as imagens ao vivo através do host broadcaster. Às 10 horas terá início a Missa de Envio da JMJ Rio2013. Prevista a presença da Presidente da República. A Celebração terminará com o discurso de S.E.Card.Rylko; Angelus do Santo Padre; e anúncio da sede e do ano onde se realizará a sucessiva JMJ. Papa retornará ao Sumaré onde irá almoçar com a Comitiva papal.

Ainda no Sumaré às 16 horas o Papa encontrará o Comitê de Coordenação do CELAM, Conselho Episcopal Latino-Americano. O Comitê de coordenação do Celam é composto por cerca 45 bispos, que iniciarão as Sessões de trabalho na segunda-feira, dia 29 de julho. Depois de se despedir do pessoal da residência do Sumaré Papa Francisco se dirigirá ao Rio Centro onde encontrará cerca de 15 mil voluntários da JMJ. O Papa fará a eles um discurso.

Às 18h30 a cerimônia de despedida no aeroporto Galeão/Antonio Carlos Jobim. O Santo Padre será acolhido no Pavilhão de honra Marechal Trompowski de Almeida pela Presidente da República, Dilma Rousseff. Discurso da Senhora Presidente e do Santo Padre. O Santo Padre se despedirá da Presidente da República nas escadas do avião. A partida para Roma está prevista para às 19 horas, e a chegada a Roma, 11h30 da manhã, hora italiana. Conclusão da 1ª Viagem Apostólica Internacional de Papa Francisco.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Frades Capuchinhos criam Fraternidade em Guarabira



Neste Ano da Fé, no dia 29 de abril de 2013, a Diocese de Guarabira teve a alegria de acolher com festa os Frades Capuchinhos da Província N. Sra. da Penha do NE do Brasil – PRONEB na Paróquia Santo Antônio e Santuário do Memorial Frei Damião, onde foi inaugurada a Fraternidade N. Sra. da Luz, às 19h30, com solene celebração eucarística presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, e concelebrada pelo Frei Francisco de Assis Barreto, ministro provincial; Frei Franklin Alves Diniz, vigário provincial; Mons. José André, vigário geral da Diocese; Mons. José Nicodemos e outros sacerdotes diocesanos, frades capuchinhos, conselheiros provinciais, diáconos, seminaristas, religiosas, membros de movimentos, pastorais, serviços, grupos da Paróquia Santo Antônio e povo de Deus presente. A nova fraternidade capuchinha em Guarabira está constituída pelo Frei Cláudio Simões Galindo, Reitor do Santuário Memorial Frei Damião e Guardião da Fraternidade; Frei José Walden de Oliveira, Administrador Paroquial da Paróquia Santo Antônio, e Frei José Nunes de Araujo, Ecônomo da Fraternidade, Vice Reitor do Santuário Memorial Frei Damião e Vigário Paroquial, com a finalidade de acolher bem os romeiros como forma de evangelizá-los e, ao mesmo tempo, administrar o Santuário do Memorial Frei Damião. A população guarabirense e a região do brejo paraibano, há anos anseiam por este momento, pela ligação com as Santas Missões Populares, hoje, com o Servo de Deus Frei Damião, e pelos trabalhos de evangelização desenvolvidos pela ordem capuchinha em todo o nordeste brasileiro. O Mons. Nicodemos, o idealizador e construtor com o povo do Memorial Frei Damião, disse: “Frei Damião pertencia a esta ordem religiosa, então eles devem gerir este espaço e atender os romeiros com o mesmo carinho e atenção que Frei Damião de Bozzano fazia quando por aqui andou e pregou varias missões”.

O Ministro Provincial Capuchinho, Frei Francisco Barreto, falou que os frades capuchinhos não poderão realizar a missão de Frei Damião, pois esta foi única e do jeito dele e não pode ser imitada, mas tem convicção de que, de um modo atualizado, os frades podem realizar os desejos da Igreja de hoje, e solicitou a população para ter compreensão e colaboração com os frades desta nova fraternidade de Nossa Senhora da Luz, para que possam atender às necessidades de acolhimento dos romeiros neste Santuário. É intenção da Província formar uma rede de missões nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas”. O Frei Cláudio Simões, novo reitor do Memorial, enfatizou: “Neste local já existe uma grande peregrinação principalmente no mês de maio, quando se comemora o aniversário da morte ou chegada ao céu do Frei Damião, de onde ele prometeu interceder por todos nós. “Mas, que, com a nova fraternidade, será possível uma melhor assistência às pessoas que aqui se dirigirem, pois anteriormente só havia um padre para todas as tarefas e agora haverá mais frades para ouvir confissões, dar bênçãos e celebrar Missas”.

Dom Lucena agradeceu a todos os frades presentes a disponibilidade em atender a solicitação da Diocese de Guarabira e a alegria pela nova fraternidade capuchinha já fundada, para acolher os romeiros de N. Sra. da Luz e Frei Damião. O povo do Brejo Paraibano  tem uma devoção muito grande a Frei Damião.



O Concílio Vaticano II: 50 anos depois


Artigo


Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo Diocesano de Guarabira
Secretário da CNBB Regional Nordeste 2



Realizou-se na Diocese de Guarabira, em Santa Fé, nos dias 26 e 27 de abril de 2013, o “estudo sobre o Concílio Vaticano II: 50 anos depois” para o Clero, os religiosos(as) e um momento para os(as) leigos(as), assessorado pelo Arcebispo Emérito da Paraíba e Padre Conciliar, Dom José Maria Pires. O Estudo se insere dentro das comemorações dos 50 anos do Concilio Vaticano II e o “Ano da Fé”, cujo objetivo é redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. O Papa João XXIII fixou o início do Concílio Vaticano II no dia 11 de outubro de 1962, dia da festa da Maternidade Divina de Maria, colocada nesse dia, em 1931, pelo Papa Pio XI, título reconhecido pelo Concílio de Éfeso, há mil e quinhentos anos, no ano de 431, para expressar a união indissolúvel de Deus e do homem em Cristo. O Papa João XXIII confiou a grande assembleia eclesial, por ele convocada, à bondade materna de Maria e ancorar firmemente o trabalho do Concílio no mistério de Jesus Cristo.  O Papa Bento XVI, no início do jubileu áureo do Concílio, em 2012, testemunhou: “foi impressionante ver os bispos provenientes de todo o mundo, de todos os povos e raças: uma imagem da Igreja de Jesus Cristo que abraça todo o mundo, na qual os povos da terra se sentem unidos na sua paz. Foi um momento de expectativa extraordinária pelas grandes coisas que deviam acontecer. Os concílios anteriores tinham sido quase sempre convocados para uma questão concreta à qual deviam responder; desta vez, não havia um problema particular a resolver. (...) João XXIII convocara o Concílio sem lhe indicar problemas concretos ou programas. Foi esta a grandeza e, ao mesmo tempo, a dificuldade da tarefa que se apresentava à assembleia eclesial”. João Paulo II, em 1981, escrevia: "Todo o trabalho de renovação da Igreja, que o Concílio Vaticano II providencialmente propôs e começou – renovação que deve ser, ao mesmo tempo, “atualização” (aggiornamento) e consolidação no que é eterno e constitutivo para a missão da Igreja – não pode realizar-se a não ser no Espírito Santo, ou seja com a ajuda da sua luz e do seu poder”. Depois de 50 anos, não podemos deixar de constatar o cumprimento da promessa feita por Deus à Igreja, pela boca de seu humilde servo, o beato João XXIII. Se nos parecer exagerado falar de um novo Pentecostes, diante de todos os problemas e conflitos que surgiram na Igreja depois e por causa do concílio, o que temos a fazer é reler os Atos dos Apóstolos e observar que os problemas e disputas já ocorreram após o primeiro Pentecostes. E não menos acalorados que os de hoje! “Em Cristo, e à luz do Concilio Vaticano II e com a força e a graça do Espírito Santo, renovaremos, mais uma vez, nossa adesão a Cristo, à Igreja e ao Papa. Fortaleceremos nosso compromisso constante, apoiados pela Santíssima Virgem Maria, de entregar até a última gota de nossas vidas ao serviço do Evangelho, através de um esforço contínuo para transformar a sociedade e conduzi-la a Cristo, renovando a fé de seus seguidores e mostrando a beleza do cristianismo a todas as nações”. Com o Concílio Vaticano II, a Igreja abriu-se a uma transformação que ainda está em curso.