Neste dia
7 de setembro, comemoramos o aniversário da Independência do Brasil. Um dia de
festejos, reflexões e manifestações diversas. Participamos dos “gritos” de
brasileiros que ainda não sentiram os benefícios daquele grito que tornou o
Brasil um País autônomo e gestor do seu próprio destino.
Nas ruas
e praças do Brasil, o povo grita uma vez mais, de muitas maneiras, o que julga
não andar bem. Não se nega que o Brasil melhorou e tem gerado benefícios. Mas a
pobreza continua grande, e vários serviços essenciais ao povo continuam muito
deficitários e ineficientes.
A
dignidade da pessoa humana deve ser o centro de todas as preocupações. Os
vícios da política brasileira e suas mediocridades não justificam o desânimo, a
falta de envolvimento e empenho por parte dos cidadãos e cidadãs. Reformas
precisam ocorrer para que um cenário novo se desenhe, superando o modo
ultrapassado de se fazer política no Brasil. Sabe-se que sem reformas política,
tributária, fiscal e outras não se avançará para além de discursos repetitivos
e promessas vazias. Para que as reformas aconteçam, a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) e centenas de entidades continuam, neste Dia da Pátria,
a investir no Projeto de Lei de Iniciativa Popular pela Reforma Política. Ao
oferecer critérios adequados para avaliar a qualidade dos candidatos ao
Executivo e, sobretudo, ao Legislativo, esta proposta impactará a realidade
política do Brasil. Não custa nada contribuir com sua assinatura e buscar
outras, entre amigos e familiares. Só assim, será possível se chegar ao número
exigido de adesões para que o projeto da Reforma Política passe a tramitar no
Congresso Nacional.
É
possível afastar o poder econômico das eleições e cobrar coerência de
candidatos e partidos. Não se pode simplesmente, como acontece atualmente,
depositar tudo nas mãos de algumas pessoas para que governem e legislem a
partir de interesses próprios, de trocas e de pagamento de favores. É preciso
ampliar a participação do povo nas principais decisões.
Neste
mesmo ato de coleta de assinaturas pela Reforma Política, como celebração digna
do Dia da Pátria, se faz o recolhimento de votos por uma Assembleia Nacional
Constituinte para mudar o sistema político no Brasil.
O caráter
popular deste plebiscito é um exercício importante de cidadania e com impacto
nas instâncias governamentais para que convoquem um plebiscito oficial. O gesto
cidadão de participar desta coleta de assinaturas e deste plebiscito popular
por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político ajudará a
desenhar um novo cenário justo para todos os brasileiros.
As
comemorações do Dia da Pátria continuaram no Brejo Paraibano até o próximo dia
13, data da realização do 20º Grito dos (as) Excluídos(as) – ocupar ruas e
praças por liberdade e direitos -, em Araçagi-PB, a partir das 14h, na Paróquia
de São Sebastião.
Exaltemos
nossos sentimentos patrióticos e recobremos a nossa esperança numa Pátria
verdadeiramente independente.
Abençoai,
Senhor, nossa pátria, que sejamos um povo irmão e solidário, e que os
governantes respeitem o bem comum e não tratem seus concidadãos como objetos
políticos.
Dom
Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira (PB)
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