Espiritualidade Familiar
Diante dos inúmeros ataques e
dificuldades que enfrentam as famílias nos dias atuais, urge orientar a nossa
missão de família cristã na perspectiva da fé. Que projeto Deus preparou para
nossas famílias e que resposta Ele espera de nós, em meio a essa realidade?
Acreditamos ser impossível enfrentar os
desafios do mundo moderno sem nos deixar guiar a cada dia pelo Espírito de
Deus, que em Jesus tornou-se Espírito do ressuscitado, que nos anima na luta
diária e nos impulsiona em busca do “novo céu e da nova terra, onde habitará a
justiça” (2Pd 3,13). E é esse mesmo Espírito que transforma, na
história, as realidades de morte em vida. Por isso quando nos deixamos conduzir
pelo Espírito de Deus, nos comprometemos com situações de vida e entramos na
dinâmica de Deus, escolhendo viver no amor, na paz e na justiça.
A família deve então ser compreendida
não somente do ponto de vista sociológico, mas também teológico, ou seja, como
lugar da experiência com Deus. Desse modo, a espiritualidade familiar pode ser
concebida sob dois pontos de vista que se completam: a espiritualidade
conjugal, isto é, do casal - que é chamado a viver a fidelidade e a
solidariedade entre si, e a espiritualidade da família como um todo, incluindo
os filhos.
Quando tratamos de espiritualidade
familiar, nos referimos ao caminho que a família, como Igreja Doméstica, se
utiliza para o seu relacionamento com o Senhor. Por isso, só é possível haver
espiritualidade e seguimento de Cristo na família se há vida de oração pessoal,
conjugal e familiar.
A esse respeito, nos diz o Catecismo da
Igreja Católica o seguinte: “A família cristã é o primeiro lugar da educação
para a oração. Fundada sobre o sacramento do matrimônio, ela é “a Igreja
doméstica”, onde os filhos de Deus aprendem a orar “na Igreja” e a perseverar
na oração. Para as crianças, particularmente, a oração familiar cotidiana é o
primeiro testemunho da memória viva da Igreja reavivada pacientemente pelo Espírito
Santo.” (CIC 2685).
Desse modo, nós, pais cristãos, que
somos os primeiros responsáveis pela saúde espiritual de nossa família, devemos
tomar a oração como algo que faz parte do nosso cotidiano e com ela
encontrarmos forças para lutar contra tudo aquilo que nos afasta da própria
oração e, conseqüentemente, nos impede de viver segundo o projeto de Deus e
realizar a nossa missão de transmitir e educar na fé cristã os nossos filhos, a
partir do nosso testemunho pessoal e conjugal. É preciso, pois, que estejamos
sempre unidos ao Senhor para que possamos dar muitos frutos... (Jo 15,5).
Comissão Diocesana de Pastoral Familiar
– Diocese de Guarabira
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