A Festa do Batismo do Senhor, celebrada no
Domingo depois da Epifania, neste dia 10 de janeiro, conclui o Tempo do Natal. Nós
expressamos louvor a Deus pelo Batismo de Jesus e pelo Batismo que recebemos.
Recordamos, com gratidão, das pessoas que nos levaram ao Batismo. Esta é uma
ocasião especial para a renovação da vida batismal, para crescer na fé em
Cristo, na participação na Igreja e no testemunho cotidiano da fé. De modo
especial, procuremos motivar os pais a batizarem seus filhos.
Nesta
Festa do Batismo: o Pai apresenta, manifesta a Israel o Salvador que ele nos
deu, o Menino que nasceu para nós: “Tu és o meu Filho amado; em ti ponho o
meu benquerer” (Lc 3,22). Revela-se a identidade de Jesus, como Filho de Deus
Salvador, o “Filho amado” e Messias-Servo, através da manifestação do Espírito
e do Pai. O testemunho de João Batista foi importante para que o povo pudesse
conhecer e acolher Jesus, mas o testemunho do Pai e do Espírito é muito maior.
João diz: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é mais forte do que
eu. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”. O batismo de João não é
o sacramento do Batismo: era somente um sinal exterior de que alguém se
reconhecia pecador e queria preparar-se para receber o Messias. Ao ser batizado
no Jordão, Jesus é ungido com o Espírito Santo para a missão.
O
batismo que Jesus recebe é ainda o batismo velho, com água, de João Batista;
mas o fato de que desceu sobre ele o Espírito Santo de forma corpórea como uma
pomba fez daquele batismo um batismo novo, o primeiro batismo no Espírito
Santo. Não só o primeiro, mas o modelo e a fonte de todo batismo cristão.
No Jordão, não foi a
água que santificou Jesus mas Jesus que santificou a água, todas as águas.
Jesus entrou nas águas do Jordão para lavar o pecado do mundo. E João Batista dá
testemunho de que foi para isso que veio ao dizer: “Eis o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). O servo recebe o Senhor, o homem recebe
Deus, João recebe Cristo; recebe-o para obter o perdão, não conceder o perdão. Jesus
não tinha necessidade de ser batizado. Mas com seu corpo, com sua divindade
abençoo todas as águas para que elas tivessem o poder de dar o batismo. Depois,
antes de subir ao Céu, Jesus nos disse para ir e batizar todos.
Cada batismo cristão
outra coisa não faz a não ser prolongar o mistério daquele dia: o Espírito
Santo desce sobre uma criatura humana e aquela criatura se torna “Filho Amado”.
Neste Ano Santo da
Misericórdia, a peregrinação às “Portas da Misericórdia” seja acompanhada ou
completada com a “peregrinação” em direção aos pobres, aos enfermos, aos
enlutados, aos aflitos e aos encarcerados, dentre tantos outros irmãos e irmãs que
necessitam de presença fraterna, oração e solidariedade, sinais da autêntica
misericórdia cristã.
O Batismo de Jesus
leva-nos à meditação sobre o nosso batismo. A importância do Sacramento que nos
inseriu na Igreja. Quem de nós recorda a data de seu batismo? Batismo é
nascimento para uma vida nova e é compromisso de seguir Jesus Cristo como
discípulo missionário. O Batismo é a porta da fé e da vida cristã.
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de
Guarabira(PB)
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