A Solenidade de
Cristo Rei do Universo encerra o Ano Litúrgico, o ano da Igreja. Cristo é o
centro da nossa existência. NEle podemos assegurar toda a nossa alegria e
esperança, e superar toda nossa tristeza e angústia de que está tecida a nossa
vida. Quando Jesus está no centro, até os momentos mais sombrios da nossa
existência se iluminam: Ele nos dá esperança.
Jesus é rei, mas não
como os reis deste mundo. Jamais podemos atribuir a Jesus a figura de um rei
como tantos outros neste mundo. Existe um reino diferente que se realiza em
Cristo neste mundo, sem ser deste mundo. Jesus sempre recusou ser coroado rei,
em momentos de euforia popular, pois o seu “reino não é deste mundo” (Jo
18,36). Ele não poderia ser considerado um rei dentre outros, segundo os
costumes dos povos. Diante de Pilatos, em meio a Paixão, Jesus sofredor admite:
“Tu o dizes: eu sou rei” (Jo 18,37), o “rei” que veio ao mundo “para dar
testemunho da verdade”. Na sua paixão e morte na cruz, Jesus se revela o
verdadeiro rei, o Senhor, que vem para dar a vida pela salvação do seu povo.
Ele é um rei muito diferente! Seu trono é a cruz; sua coroa é de espinhos; seu
manto vermelho está embebido do próprio sangue vertido do corpo flagelado; seu
cetro real é uma vara colocada em suas mãos por zombaria. Ao invés de cercar-se
de honrarias, ele se faz servo, doando a sua vida.
Jesus Cristo reina como “nosso Senhor e Rei do Universo”. O Filho de Deus
feito homem é Senhor do céu e da terra. Nele todas as coisas foram criadas e
para Ele tudo existe. Este reinado não se restringe a alguma parte da terra,
nem a uma porção de pessoas. A Ele estão sujeitos todos os senhores da terra,
os corações de todos os seres humanos. Por isso, pode-se dizer: Jesus Cristo é
a testemunha fiel, o príncipe dos reis da terra. Todos hão de reconhecê-lo (cf.
Ap 1,5-8). Trata-se, pois, de um reinado a que devem sujeitar-se e servir todas
as instituições terrenas. Todas as realidades n’Ele e por Ele adquirem sentido.
O Reino de Jesus é um reino eterno e universal. Reino da verdade, da vida, da
santidade, da graça, da justiça, do amor e da paz. É este o Reino que pedimos
ao Pai todas as vezes que rezamos o Pai Nosso. Contudo, não basta assim rezar;
quem aceitar Jesus como Rei e Senhor, nele deve crer e confiar, deixando-se
conduzir pela sua Palavra.
Na festa de Cristo Rei celebramos o Dia Nacional dos Cristãos Leigos
e Leigas. Agradecemos profundamente aos fiéis leigos que tanto se
dedicam à Igreja nas diversas pastorais, movimentos ou serviços, participando,
de modo responsável, na construção da sociedade querida por Deus, rumo ao Reino
definitivo. “A vocação do leigo e da leiga é sal que dá sabor, é fermento que
faz crescer a massa e soma “com todos os cidadãos de boa vontade, na construção
da cidadania para todos” (CNBB, 107 n. 58). E, nas Dioceses do Brasil, têm
início, na solenidade de Cristo Rei, a Campanha para a Evangelização, tempo
especial de oração e reflexão em vista da evangelização, com a coleta nacional
prevista para o 3º domingo do Advento.
Participemos
da Festa de Cristo Rei nesta querida Diocese de Guarabira. A partir das 14h,
acolhida na Cidade de Duas Estradas-PB. Em seguida, caminhada para Serra da
Raiz-PB, com apresentação do nosso 3º Plano Diocesano de Pastoral: uma Igreja em
saída, discípula, missionária, profética e misericordiosa; e celebração
eucarística. “A Ele pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos.
Amém”.
Dom
Francisco de Assis Dantas de Lucena – Bispo de Guarabira(PB)
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