Deus tem um
amor grande e profundo por nós. A sua misericórdia é uma realidade bela para a
nossa vida. O seu amor não falha, sempre segura a nossa mão, sustenta-nos, levanta-nos
e guia-nos.
Jesus é o rosto concreto da
misericórdia de Deus. Ele acolhe os pecadores e faz refeição com eles. Os
fariseus e os mestres da Lei o criticam por isso. Jesus responde no capítulo 15
de Lucas, contando três parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do
filho pródigo, ou melhor, do pai misericordioso. Jesus contou as parábolas,
para mostrar-lhes que o coração do Pai é ternura, é amor, é vida, é imenso.
A misericórdia de Deus para com os
pecadores é ressaltada por Jesus. Deus é o Pai misericordioso, com o coração e
os braços sempre abertos para acolher o filho que erra e quer retornar à casa.
Deus é o Pastor que não desiste de encontrar a ovelha perdida. A alegria de
encontrar o que estava perdido é mostrada pela festa que se segue ao encontro.
Festa com os pecadores; festejo pela misericórdia de Deus, que muda a vida
humana. A recusa em admitir o perdão do Pai e em aceitar o irmão retrata bem as
nossas atitudes, muito diferentes do modo misericordioso do agir de Jesus e do
Pai. Admitir a misericórdia de Deus ao irmão é já experimentá-la, que tem um
rosto concreto: o de Jesus, de Jesus Ressuscitado.
Somos convidados a reconhecer a
própria condição de ovelha perdida ou de filho pródigo. Precisamos confiar na
misericórdia de Deus, caminhar com confiança rumo à casa do pai misericordioso,
que vem ao nosso encontro com os braços abertos, alegrando-se conosco. Não
percamos a confiança na paciente misericórdia de Deus. Ele não é impaciente como
nós, que muitas vezes queremos tudo imediatamente. Deus é paciente conosco,
porque nos ama; e quem ama compreende, espera, dá confiança, não abandona, sabe
perdoar.
Deus sempre espera por nós, mesmo
quando nos afastamos. Ele nunca está longe e, se voltarmos para Ele, está
pronto para acolher-nos e abrarçar-nos. Não tem palavra de censura: abraça-nos.
Deus sempre espera por nós, não se cansa. Então, a paciência de Deus deve
encontrar em nós a coragem de regressar a Ele, qualquer que seja o erro,
qualquer que seja o pecado na nossa vida. Jesus não veio para os justos, mas
para os pecadores. Ele veio por nós, pecadores. Por isso, deixemo-nos guiar
pela misericórdia de Jesus! Façamos festa e recordemo-nos da nossa salvação!
Acolhamos em Jesus a misericórdia incansável
de Deus para conosco, um Deus que não sossega até nos encontrar, e sejamos
misericordiosos para com os outros. É triste quando experimentamos que somos pecadores, experimentamos a
bondade acolhedora de Deus para com nossos pecados e, depois, somos duros,
insensíveis e exigentes em relação aos irmãos. Que o Senhor nos dê um coração
como o coração de Cristo, imagem do coração do Pai, capaz de acolher o perdão e
a misericórdia de Deus e transbordar esse perdão e essa misericórdia para com
os outros. Enfim, deixemo-nos envolver pela misericórdia de Deus. Ela não tem limites, se nos
voltarmos a Ele com um coração sincero e arrependido.
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